quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Feliz aniversário Darwin!


Hoje comemora-se o bicentenário de Charles Darwin, autor da controversa obra "Origem das espécies", que em resumo, propõe a evolução das espécies através da seleção natural, onde os mais aptos sobrevivem e podem passar seus genes adiante.
Em virtude do aniversário do naturalista inglês (morto também faz aniversário...), e dos 150 anos da publicação de "Origem das espécies", esse parece ser o assunto do dia na comunidade científica.
Uma manchete do Estado de São Paulo diz o seguinte: "Idéias de Darwin ainda ´assustam´ - no bicentenário do naturalista, muitos ainda têm dúvidas sobre sua teoria, apesar das comprovações científicas." (negrito meu)
Devo confessar, que esse não é um assunto novo pra mim. Estudo a teoria da evolução há aproximadamente sete anos, e ainda estou esperando as "comprovações científicas" mencionadas pelo repórter Herton Escobar.
Por comprovação científica, entenda-se que qualquer teoria deve ser submetida a análise cuidadosa, que envolve: comprovação estatística, estar de acordo com os modelos matemáticos e com as principais leis naturais, tornar possível a reprodução do fenômeno, e isso só pra aquecer.
Depois de 150 anos, a teoria da evolução, ainda é teoria, e não uma lei, porque não atendeu aos critérios mencionados acima. Me perdoe Herton, mas acho que você fez uma confusão aí.
Mas ele não é o único. Hoje a teoria da evolução é mais verdade pra alguns do que a Lei (essa é lei mesmo) da gravitação universal, aquela que segura a gente no chão e derruba os aviões. Acredito que toda a confusão gerada em volta desse tema, não se deve a teoria em si, mas sim ao que os filósofos chamam de "erro de categoria". Isso porque a teoria proposta por Darwin, há muito tempo já abandonou o campo da ciência, mas tem gente que ainda não percebeu. A teoria da evolução não está mais na categoria da ciência, está na categoria da filosofia. Observe uma curiosidade: "Para muitas pessoas, a ideia da seleção natural é simplesmente repugnante, ameaçadora, assustadora. Sem falar, é claro, que ela derruba qualquer argumento razoável que alguém já teve para a existência de Deus. Não surpreende que tanta gente esteja sedenta por evidências que questionem a teoria." Disse ao Estado de São Paulo o filósofo americano Daniel Dennett, da Universidade Tufts, em Massachusetts. Olhem só quem foi o convidado do Estadão para discutir a teoria. Não foi um biológo, nem um geólogo, nem um físico, ninguém das ciências naturais, lugar onde colocam a teoria. Mas sim, um filósofo.
Mas para comprovar ainda mais o que eu estou dizendo, vamos conferir alguns fatos científicos com os quais o evolucionismo precisa se entender:

1. Primeira Lei da Termodinâmica: De acordo com essa lei, "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", isto é, a soma total da energia é constante. Ou seja, não há espaços para novas "criações", aquilo que existe hoje, ou sempre existiu, ou foi criado assim.

2. Segunda Lei da Termodinâmica: Também conhecida como lei da deterioração da energia, é uma lei que nós vemos agir o tempo todo e nem percebemos. Ela diz que o universo tende para a desordem, não para a ordem. Por isso as coisas ficam mais velhas e não mais novas com o passar do tempo. Faça uma experiência: vá ao açougue e compre 1 kg de picanha e jogue no pasto. Volte lá depois de uma semana e você vai ver que perdeu 1 kg de carne, pois ela apodreceu ao invés de virar um boi. Virou desordem, não ordem. É a segunda lei da termodinâmica em ação. É contra todo o bom senso dizer que partículas inanimadas e desordenadas se organizaram para formar um ser vivo. O universo se desorganiza, e não o contrário.

3. Lei de Causa e Efeito: Nenhum efeito pode ser maior que sua causa. Isto é, nenhum organismo unicelular (causa) poderia evoluir no homem (efeito), senão o efeito seria maior que a causa, ou alguém acha uma ameba mais complexa que um ser humano? Um absurdo. Seria como uma caixa de papelão dar origem a floresta amazônica.

Poderíamos colocar também aqui as contradições com a genética, bioquímica, geologia, antropologia, paleontologia, mas isso além de deixar o texto bem mais extenso, é desnecessário por ora, pois sem passar por essas três leis mencionadas acima, nenhuma teoria é válida cientificamente.
Portanto amigo, de ciência, o evolucionismo não tem muita coisa. Ele deixa mais perguntas do que respostas. Isso é coisa de filosofia. Ou religião. Porque a gente tem que ter muita fé pra ser evolucionista!
Não existe essa história de ciência versus religião. Seria incoerente. O mesmo Deus que inventou a religião É o mesmo que inventou as leis universais que a ciência descobre.
Vamos analisar o outro lado da moeda, a teoria que diz que Deus criou tudo. Como essa teoria se comporta diante das mesmas três leis com que questionamos o evolucionismo:

1. Primeira Lei da Termodinâmica: De acordo com essa lei, "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", ou seja a soma total da energia é constante. Se Deus criou tudo em seis dias, tudo o que vemos é fruto dessa criação, ou seja, depois do término dos dias da criação, nada mais se criou e nem deixou de existir. Confere na lista de Gênesis 1 e veja se falta alguma coisa.

2. Segunda Lei da Termodinâmica: Também conhecida como lei da deterioração da energia, é uma lei que nós vemos agir o tempo todo e nem percebemos. Ela diz que o universo tende para a desordem, não para a ordem. Por isso as coisas ficam mais velhas e não mais novas com o passar do tempo. Quando Deus criou, estava tudo novo, tudo organizado. O que vemos hoje? As montanhas criadas novinhas sofreram desgaste, rios que antes cortavam cidades, secaram, antigas florestas são hoje desertos, estrelas que existiam já não exitem mais, o mundo está caminhando naturalmente para a desordem, não para ordem.

3. Lei de Causa e Efeito: Nenhum efeito pode ser maior que sua causa. Deus É a causa do universo. A causa (Deus) é maior que o efeito (universo).

A ciência, a verdadeira ciência, comprova a criação de Deus assim como a narrativa bíblica nos conta. Como disse Lavoisier, o pai da química moderna: "Um pouco de ciência o afasta de Deus, muita, o aproximará dEle".
Não se deixem enganar, a teoria da evolução não é ciência, e nunca virá a ser. É uma filosofia, uma alternativa na qual os incrédulos se agarram desesperadamente para tentar explicar um mundo sem Deus.
"Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos." (Romanos 1.21, 22).

Em Cristo

Leia Mais…

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Para parar e pensar

Caminhando pela internet, encontrei um artigo muito curioso ao mesmo tempo em que é desafiador. Leia e reflita:

Dez formas práticas de matar um missionário:

1. Comece deixando de orar por ele...

2. Na igreja, passe a plantar fofocas e intrigas, a respeito dele, assim cada um se preocupará com banalidades e se esquecerá da obra a ser realizada...

3. Se você for pastor, jamais pregue a respeito de missões, afinal este responsabilidade não é sua...

4. Sinta muita vontade de escrever, mas nunca escreva, afinal você “não sabe” e “não tem tempo” !!!

5. Se por acaso não resistir à tentação de escrever, escreva, mas sempre cobrando dele alguma coisa, por exemplo: quantas almas ganhou??

6. Esqueça datas importantes, como o aniversário de nascimento dele, da esposa e dos filhos...

7. Nunca demonstre seu amor por ele...

8. Nunca envie uma mensagem de ânimo, afinal todo missionário é um “super-crente” e, portanto, não precisa dessas coisas...

9. Mantenha o seguinte pensamento: todo missionário precisa passar fome para atingir o “êxtase espiritual” como se ele fosse um guru indiano...

10. Pare imediatamente de contribuir financeiramente, pois além das suas prioridades você já viu em algum lugar a expressão: “o missionário vive pela fé”...

Se você acha muito trabalhoso praticar todas estas sugestões, então escolha apenas duas ou três, e em breve o missionário estará morto!

Autor desconhecido

Como bem disse Mônica Mesquita, já passa da hora de achar “linda” a obra missionária e ficar por isso mesmo; Já passa da hora de ficar se gabando por que tem um primo, um irmão, ou um membro de sua igreja que é missionário; Já passa da hora de tomar uma atitude.
Se ao ler isso, você não se sentiu, no mínimo, incomodado, então está na hora de você começar a procurar outro pasto, porque o cristianismo não serve pra você amigo.

Em Cristo

Leia Mais…

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Eutanásia: Deus mata ou mato eu?

Qualquer pessoa que tenha assistido a um telejornal nessa última semana deve ter visto algo sobre o impasse provocado por Beppino Englaro com o governo italiano. Beppino (que nome bonito esse seu hein moço...), era pai de Eluana Englaro, que em 1992 sofreu um acidente de carro aos 21 anos e se encontrava em estado vegetativo desde então. O termo "estado vegetativo" é utilizado para "determinar o estado de saúde de pacientes que são mantidos apenas por aparelhos, por já não apresentarem resposta a quaisquer estímulos, mas que ainda não apresentaram sinais de morte cerebral." (wikipédia). Ou seja, a pessoa pode parecer acordada e ter reflexos, mas não tem consciência nenhuma do ambiente ou do que acontece ao seu redor, ou mesmo qualquer sensação de dor.
Depois de 17 anos com a filha neste estado, o pai decide entrar com um pedido judicial para desligar o aparelho que alimentava e hidratava Eluana. O que conseguiu em novembro de 2008, forçando o governo italiano, representado por Silvio Berlusconi, a tentar evitar que a decisão fosse levada a cabo. Na Itália a eutanásia não é permitida. Lá o paciente pode decidir não se tratar, mas não pode decidir pôr fim à sua vida. É meio sem lógica, afinal, um paciente com câncer que decidir não se tratar vai se matar da mesma forma que aquele que desliga a máquina que o mantém vivo... mas vai entender né?
Mas ao contrário do que o Vaticano pensa, o debate não é judicial ou relativo, é moral, ético e ideológico. "Seria preciso que esta morte restituísse sobretudo o respeito para a morte em si", afirmou o diretor do jornal vaticano L'Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian, que criticou as preocupações "ideológicas" envolvendo o caso. Vian ressaltou a necessidade de ter "tranquilidade para tentar entender. Não se tratava apenas de respeitar um convite ao silêncio que não foi respeitado por quase ninguém".
Trocando em miúdos essas declarações pra lá de vagas, o que foi dito é que cada um dá o fim que quiser a sua vida. É no mínimo curioso esse posicionamento do Vaticano. Afinal, eles são contra o aborto, em que uma pessoa (a mãe), tira a vida de outra (o filho). E aqui apóiam um pai que quer ter o direito de tirar a vida da filha. Santas contradições romanas.
Mas antes de seguir adiante, precisamos conceituar o que é "vida". E falar disso é como passar um fim de semana na torre de Babel. Para os filósofos é uma coisa, para os biólogos é outra, mas se quiser confusão mesmo, é ver o que a vida representa para os religiosos. Cada crença tem um conceito de "vida" mais esquisito que a outra. Para evitarmos um labirinto de conceitos que vão dar em lugar nenhum, vou encurtar o caminho para vermos o que Deus diz acerca da vida.
Conferindo textos como Gênesis 1.20-26 e 9.5-6 ou Mateus 5. 21-25, podemos claramente descobrir que para Deus a vida é uma dádiva preciosa, e portanto devemos dedicar nossos esforços para preservá-la, não tirá-la.
Ao contrário do que muitos pensam, esse é um debate importante e complexo e com muitas questões que não podem ser respondidas. A falta de diálogo, reflexão e postura de nossa parte pode acabar em consequências graves que já tiveram seu lugar na história. Na Alemanha Nazista do III Reich havia uma expressão: leibensunwertes Leben – "a vida que não vale a vida". Com esse moto justificou-se o genocídio e a matança de judeus, ciganos e pessoas aleijadas, pois a vida deles não "valia a pena ser vivida", fato esse bem lembrado pelo presbítero Solano Portela ao escrever um artigo sobre o assunto em 2004. É o mesmo raciocíonio por trás dos episódios de "limpeza" étnica ocorridos na África, na Iugoslávia, na China, onde se mata porque um é mais "branco" ou mais "negro" que o outro. A responsabilidade da decisão sobre que vive e quem morre nunca nos foi dada. Deus permite que nos matemos. Mas nunca nos autorizou a isso. Assim como permite que pequemos, mas nunca assinou embaixo dos nossos pecados.
Nem tudo é preto ou branco na nossa vida. Nem sempre "certo" e "errado" são fáceis de distinguir. E se fosse eu no lugar do pai de Eluana? E se fosse você? Qual seria a nossa decisão?
Mais do que nunca, precisamos nos achegar a Deus para que Ele nos auxilie em momentos como esse. Não creio que tenha sido fácil pra Deus entregar a vida de Seu único Filho, mas essa foi uma decisão que Ele teve que enfrentar.
Deus também toma decisões difíceis. Por essa razão eu posso pedir conselhos a Ele. Porque eu sei que Ele me entende, eu sei que nEle eu tenho um Amigo que sabe o que é tomar decisões de vida ou morte.
Não há respostas fáceis em relação a eutanásia. Não há formulas mágicas a seguir. Enquanto nos for permitido, vamos nos esforçar para preservar a vida, e deixar Deus tomar as decisões que não cabem a nós.

Em Cristo

Leia Mais…

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Marta e a igreja evangélica hoje

"Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros..." Quando Jesus fez essa pergunta descrita no Evangelho de Mateus, o público e o contexto cultural era um pouco diferente do nosso hoje. Se Jesus fizesse essa pergunta para nós, cristãos brasileiros hoje, acho que a resposta seria mais ou menos assim: "Mas a quem hei de comparar esta geração? Já sei, Marta! A irmã atarefada de Lázaro. Com certeza é Marta!"
A igreja evangélica nunca encontrou o seu ponto de equilíbrio. Em quase 2.000 anos de existência, pendemos do sincretismo e bizarrices do neopentecostalismo à apatia das igrejas históricas. Dependendo do "movimento" atual, vamos da letargia ao ativismo sem objetivo.
A bola da vez é o ativismo. Assim como sempre aconteceu, a igreja acompanha o cenário cultural, social e político do seu ambiente. Quem discorda só precisa se lembrar das igrejas luteranas com suásticas nos templos durante o regime nacional socialista na Alemanha, ou das igrejas evangélicas pró-escravidão no sul dos EUA durante a guerra civil, infelizmente a lista é bem maior, mas não é sobre história eclesiástica que eu quero tratar aqui. É assunto para outra postagem.
Em nossa atual geração, valorizamos muito o "fazer". O que importa hoje é fazer acontecer. E fazer rápido. Gerenciamos o nosso tempo e recursos para conseguirmos fazer o maior número de tarefas no menor tempo possível.
E essa forma de comportamento se tornou a "personalidade" do século. E como a igreja não fica pra trás quando se trata de aderir à filosofia corrente (fica pra trás em um monte de coisas, menos em fazer besteira...), também embarcamos nessa.
A agenda da igreja está sempre cheia. Tem pastor que não pode deixar os membros "desocupados" durante a semana. Tem que ter programação de segunda à domingo. É reunião de oração, louvorzão, estudo bíblico, culto nos lares, reuniãos dos departamentos. Até parece que quando Deus inventou o sétimo dia para descanso, deixou pro diabo tomar conta, porque crente não pode ficar de bobeira, não pode ficar sem trabalho na igreja senão está pecando.
Não quero com isso, dizer que se envolver com as atividades da igreja seja em si errado e que os "domingueiros" é que são os corretos. A crítica está na semelhança de atitudes com as de Marta, narradas no Evangelho de Lucas no capítulo 10, a partir do versículo 38.
Jesus, como sempre, estava andando. Desta vez passando por Betânia. Marta, dona de casa diligente e hospitaleira, convida o Mestre para ficar em sua casa. Mas como Jesus pegou ela de surpresa, a casa devia estar de pernas pro ar. E lá vai Marta fazer uma faxina pra deixar Jesus à vontade. E enquanto Marta trabalhava, Maria, sua irmã, estava lá sentada, só ouvindo Jesus falar. Jesus fala, Maria ouve, e Marta trabalha...
Ninguém pode, a não ser injustamente, criticar as intenções de Marta. Na minha concepção, deviam ser as melhores. Ela queria que Jesus tivesse o melhor na sua casa. Louça limpinha, chão varrido, mas meu amigo, Jesus não ia morar lá. Estava de passagem, o tempo que eles teriam com Jesus era limitado. Aquilo era hora de varrer tapete?
E infelizmente podemos estar agindo da mesma forma. Somos a igreja de Laodicéia. "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo." (Apocalipse 3.20). Já ouvi muita gente usando esse texto para evangelizar perdido. Nada contra, mas não é esse o sentido primário do texto. Esse versículo foi escrito para a Igreja. Foi escrito para crente, não para descrente. Foi uma carta para uma igreja não para um terreiro de macumba.
A igreja de Laodicéia estava como muita igreja está hoje: estava lá, no meio do culto de domingo, cantando "Faça um milagre em mim", enquanto Jesus estava ali, do lado de fora batendo na porta vendo se alguém deixava Ele entrar pra participar.
Tenho medo de que hoje nós tenhamos tornado a igreja uma concorrente de Deus.
Enquanto nossa agenda eclesiástica está cheia, nosso coração está vazio. Perdi a conta de quantos "reverendos", teólogos, ou membros de igreja que eu conheci que já não oram. Leem (nova ortografia! Lêem não tem mais ^!) a Bíblia somente aos domingos quando vão à igreja ou para preparar um sermão.
Muitas vezes nos sentimos culpados por não ir a uma programação da igreja, mas nossa consciência nem "apita" quando ficamos um dia sem orar ou ler a Palavra.
Uma vida de piedade e íntimo relacionamento com Deus nos move. Mas nem sempre o que nos move é uma vida de piedade e íntimo relacionamento com Deus.
Frequentar cultos, pregar a Palavra, fazer milagres ou expulsar demônios, nada disso conta pontos com Deus. Confere em Mateus 7.22, 23: "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade." Sem um relacionamento profundo e verdadeiro com Deus, toda ação em nome dEle, não conta pontos, todo sacrifício é vão.
Para a nossa sociedade, 24 horas não valem mais nem 12. O dia é curto para tudo o que temos pra fazer e o primeiro a pular fora da agenda é o tempo para estar a sós com Deus, e tentamos compensar indo a alguma atividade da igreja pra aliviar nossa consciência. "Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada." (Lucas 10.42).
Lendo os Evangelhos poderemos notar que apesar da agenda cheia de Jesus, os momentos a sós em oração não eram negligenciados (pra facilitar, dê uma olhada em Lucas 22.39 e 40).
Podemos sim encontrar tempo para tudo, mas temos que aprender a priorizar o uso do tempo. Não há falta de tempo, há um mau uso dele.
A casa bagunçada ficaria por ali, não ia a lugar nenhum. Jesus é que ia. Maria soube priorizar o uso do tempo, Marta não.
Se não começarmos hoje a colocar o nosso relacionamento pessoal com Deus em dia, através da oração, leitura da Palavra e uma vida santa, tudo o que fizermos para Ele, seja o que for, será mera repetição de Isaías 1.11-15, e não é nada bonito. Agenda cheia e coração vazio combina com campanha política, não com vida cristã.
O que nos falta não é ação. É oração.

Em Cristo

Leia Mais…

sábado, 7 de fevereiro de 2009

E a casa caiu...

"SÃO PAULO - O teto da sede mundial da igreja evangélica Renascer, na Rua Lins de Vasconcellos, no Cambuci, zona sul de São Paulo, desabou completamente às 18h50 de ontem, no momento em que fiéis do culto das 17 horas saíam e outros chegavam para a celebração seguinte. Cerca de 400 pessoas estavam no local, que tem capacidade para 1.800 pessoas. Até as 23 horas, havia a informação, segundo o Corpo de Bombeiros, de pelo menos sete mortos e 55 feridos." (O Estado de São Paulo - 18/01/2009).

Pode parecer notícia velha, mas garanto que para as famílias dos sete mortos, para os 55 feridos e para os 338 sobreviventes, ainda é notícia bem recente...
É impossível, pelo menos para mim, olhar para a igreja Renascer sem me remeter à imagem dos "donos" da igreja, Estevam e Sônia Hernandes, atualmente "abençoando" o sistema prisional dos EUA.
Mais difícil ainda, é não acreditar que isso foi juízo divino. A merecida punição pela barganha do Evangelho, por ter transformado Deus em um garoto-propaganda para arrecadar dinheiro e auto-promoção.
Mas nem sempre Deus é tão óbvio assim. A teologia dos amigos de Jó, mais uma vez pode não se encaixar aqui.
"Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém?" (Lucas 13.4).
Quando Jesus disse essas palavras, as pessoas buscavam um significado na tragédia. Nós sempre buscamos. Achamos que Deus nos deve explicações por inundar Santa Catarina. Por incendiar a Califórnia, ou por fazer o chão tremer na China.
Confiamos na soberania divina até ela nos "trapacear". Confiamos que o Deus de amor está no controle até tirar o nosso emprego. "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Romanos 8.28), até alguém próximo falecer subitamente.
A nossa fé infantil ainda não aprendeu a, como Lutero dizia, deixar Deus ser Deus. Queremos um Deus que nós possamos compreender, manter sob controle. E aí florescem teologias das mais diversas: da prosperidade, relacional, etc... Numa tentativa humana e desesperada de colocar Deus sob rédeas, procurando uma forma de crer que Deus é Todo-Poderoso somente quando, onde e como eu quero que Ele seja.
Ainda não aprendemos a compreender o livro de Jó. Não percebemos que Deus não precisa e não vai desperdiçar Sua eternidade Se explicando pra mim ou pra você.
Respondendo a Joseph Alois Ratzinger (Heil Ratzinger!) o papa da vez, "Onde estava Deus?" (Revista Veja - 07/06/2006), Deus estava no mesmo lugar onde ele estava quando Seu Filho foi crucificado.
Seja na tragédia ou na segurança da rotina diária, Deus está no controle.
Porque o teto caiu? Porque Pompéia sumiu do mapa? Porque Jonh Lennon morreu? São respostas que Deus reserva somente para Ele.
E se fizéssemos perguntas semelhantes, mas em direção oposta?
Porque Ele salvou aqueles que não mereciam salvação? Porque Ele faz chover na casa do justo e do injusto? Porque Ele permite que as pessoas o neguem, rejeitem, o ofendam diária e continuamente? Porque não mata Richard Dawkins?
Porque meu amigo, Deus é Deus. Uma leitura descuidada da Bíblia pode parecer que Deus cuida muito mal dos seus: Paulo pulava de uma cadeia pra outra, e isso nos dias bons... nos outros era apedrejado, açoitado, apanhava de porrete. Abel foi a primeira vítima de homicídio do mundo, Jeremias era um coitado. Jesus, o Filho de Deus, o Filho hein, foi crucificado e rejeitado até por seus amigos mais próximos.
Em contrapartida, Deus fez leão jejuar quando Daniel foi parar na cova. Fez os 3 amigos do mesmo Daniel conhecerem o interior da churrasqueira de Nabucodonosor sem nem chamuscar o cabelo. Fez Elias vencer 400 (não 4, não 40, mas 400!!!) profetas de baal. Deixou o Filho morrer, mas O ressuscitou ao terceiro dia.
Porque Deus permite isso ou não permite aquilo, não é coisa pra nossa cabeça, é responsabilidade dEle. Você gostaria de ter essa responsabilidade? O Jim Carrey quis, e não aguentou.
Chega de dirigirmos nossos "porquês" para Deus. Enquanto a nossa fé estiver firmada nas circunstâncias, seremos abatidos por cada surpresa do dia. Seremos controlados pelo "acaso". Pessoas sem firmeza, vacilantes, com medo da vida. Mas se firmarmos nossa fé na Rocha, em Cristo, então seremos como o Chuck Norris. Podem até tentar, mas ninguém consegue derrubar!
Vamos tornar a nossa vida mais simples e mais fácil de ser vivida. Vamos deixar Deus ser Deus, enquanto isso, vivamos gratos por ter Alguém que está no controle de todas as coisas. Um Alguém que, por amor, não negou a vida do seu próprio Filho para salvar aqueles que não tinham chance ou mérito de salvação.
Você acha que poderia amar e cuidar da humanidade melhor que Ele?

Em Cristo

Leia Mais…

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Introdução

Esse é o meu primeiro blog. Não pretendo ter outros e nem criei este por razões devocionais ou teológicas. O objetivo não é, e não pretendo que venha a ser, o de propaganda pessoal ou ministerial de forma alguma, mas tão somente o de compartilhar, talvez até comigo mesmo, numa espécie de auto-reflexão, aquilo que Deus fala ao meu coração ou meditar sobre as ações do Seu agir que podemos notar a cada novo evento que nos cerca, a cada momento de nossa vida.
Quanto ao título do blog "Sem Fronteiras", se refere ao fato de que no meu limitado entendimento, acredito que o cristianismo não conhece limites quando olhamos para a graça de Cristo para com pecadores como eu e você. Para Ele não existe branco, negro, rico ou pobre. Para Ele não importa se você é norte-americano, nigeriano, polonês, judeu ou gentio. Para Cristo só há uma fronteira verdadeira, e é aquela que separa aqueles que O conhecem verdadeiramente e aqueles que ainda não ouviram que o "Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido." (Lucas 19.10)

Em Cristo

Leia Mais…